sábado, 10 de janeiro de 2015

Sonhos


Penso que os sonhos são territórios livres, que neles não existem tempo, espaço, lugar, regras, nada...
Através deles podemos estar em qualquer lugar, com qualquer pessoa, fazendo qualquer coisa...
Através deles podemos viver ou reviver momentos lindos, sublimes e únicos...
São os sonhos que dão um ar doce e leve a nossa vida, penso que sem eles perderíamos a capacidade de sobreviver ao caos que se instala nos nossos dias corridos...
Os sonhos... ah os sonhos...
Tenho muitos, alguns eu busco lutar para realiza-los, outros eu os tenho para me manter viva e apaixonada pela vida e por tudo que ela me oferece...
Se algum dia eu perdesse a capacidade de sonhar, digo sem sombra de dúvidas, eu seria acometida a uma invalidez sentimental e me restariam poucas horas de vida...
Que os nossos sonhos sejam doces e alimentem a nossa alma sempre....
Os sonhos existem para eternizar...


Foto: Gustavo Caratti

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O INACABADO QUE HÁ EM MIM

"Eu me experimento inacabado. Da obra, o rascunho. Do gesto, o que não termina.
Sou como o rio em processo de vir a ser. A confluência de outras águas e o encontro com filhos de outras nascentes o tornam outro. O rio é a mistura de pequenos encontros. Eu sou feito de águas, muitas águas. Também recebo afluentes e com eles me transformo,
O que sai de mim cada vez que amo? O que em mim acontece quando me deparo com a dor que não é minha, mas que pela força do olhar que me fita vem morar em mim? Eu me transformo em outros? Eu vivo para saber. O que do outro recebo leva tempo para ser decifrado. O que sei é que a vida me afeta com seu poder de vivência. Empurra-me para reações inusitadas, tão cheias de sentidos ocultos. Cultivo em mim o acúmulo de muitos mundos.
Por vezes o cansaço me faz querer parar. Sensação de que já vivi mais do que meu coração suporta. Os encontros são muitos; as pessoas também. As chegadas e partidas se misturam e confundem o coração. É nesta hora em que me pego alimentando sonhos de cotidianos estreitos, previsíveis.
Mas quando me enxergo na perspectiva de selar o passaporte e cancelar as saídas, eis que me aproximo de uma tristeza infértil.
Melhor mesmo é continuar na esperança de confluências futuras. Viver para sorver os novos rios que virão.
Eu sou inacabado. Preciso continuar.
Se a mim for concedido o direito de pausas repositoras, então já anuncio que eu continuo na vida. A trama de minha criatividade depende deste contraste, deste inacabado que há em mim. Um dia sou multidão; no outro sou solidão. Não quero ser multidão todo dia. Num dia experimento o frescor da amizade; no outro a febre que me faz querer ser só. Eu sou assim. Sem culpas."
Padre Fábio de Melo

sábado, 3 de janeiro de 2015

As surpresas da vida



É interessante as surpresas que vamos saboreando ao longo da vida, as vezes ela vem doce como mel outras vezes vem com gosto amargo, daqueles que até fazemos caretas.
Passando por uma fase não muito agradável pude experimentar dos dois um pouco, e pude perceber como nos surpreendemos principalmente com as pessoas, descobri mundos até então desconhecidos e as surpresas boas as vezes vem de onde menos esperamos.
Não gosto de falar de decepções, prefiro tratá-las como surpresas, assim como os gestos de amor que recebemos, se não os esperamos com grandes expectativas se tornam grandes surpresas doces.
Saboreando novas experiências e descobrindo novos sabores, a vida faz mais sentindo quando aprendemos a desfrutar de tudo um pouco, com mais leveza, saborear sem pressa, plantar coisas boas pra colher frutos doces amanhã, e se acaso não possamos colher, que ao menos tenhamos a graça de saber que outros, principalmente os que amamos, estarão saboreando esses frutos doces como mel.